Quando surge a necessidade de um empréstimo ou financiamento, devemos parar para pensar em vários aspectos. Existem algumas perguntas que você deve fazer a si mesmo antes de fechar um contrato desse tipo.
Primeira pergunta: será que minha necessidade pode esperar?
Antes de mais nada, se a sua urgência por crédito não for tão grande, considere uma opção mais inteligente do ponto de vista financeiro.
Para comprar um bem, por exemplo, você pode juntar mais dinheiro para fazer a aquisição à vista. E assim, poupar um valor bem razoável. No entanto, se a sua situação estiver em caráter emergencial, preste atenção nas próximas perguntas.
Segunda pergunta: tenho algum bem que eu possa vender?
Antes de tomar dinheiro emprestado faça uma análise nos bens de maior valor que você possui.
Uma alternativa é vender a casa e usar parte do dinheiro para quitar uma dívida urgente. Todavia, o montante que sobra fica dividido entre o pagamento de aluguel e uma carteira de investimentos.
Outra opção é vender o carro e comprar um modelo mais acessível.
Terceira pergunta: já estudei todas as alternativas de crédito?
Normalmente as opções de crédito que chegam mais rápido a quem precisa, são as menos vantajosas.
Por isso, consulte todas as alternativas para fazer o melhor negócio. Afinal, isso pode ser feito no portal do seu banco e em outros bancos também. Contudo, existem aplicativos que ajudam nessa busca. Pesquise a respeito.
Após pesquisar, vale a pena conversar com o seu gerente no banco para negociar uma condição melhor.
Quarta pergunta: escolhi a alternativa mais barata que estou disposto a contratar?
Em geral as alternativas mais acessíveis exigem também mais tempo e trabalho do contratante. Além de papeladas e burocracia.
Mas lembre-se, todo esforço tem seu preço! Vale muito mais uma modalidade de crédito barato que vai demandar tempo, do que um produto que tem acesso automático, mas vai onerar sua dívida por vários meses.
Pense sempre na relação custo benefício.
Quinta Pergunta: já estudei a simulação dos pagamentos?
Uma vez escolhida a modalidade de crédito, fique atento às possíveis taxas acessórias que estão inclusas.
A legislação brasileira obriga as instituições financeiras a informarem o custo efetivo total, o CET da operação. E é nessa taxa que você deve prestar atenção para se planejar bem e fazer a melhor escolha.
Sexta pergunta: o preço a mais que vou pagar vale a pena?
Se você está solicitando o crédito para adquirir algo, antes de ter o montante necessário para isso, faça uma reflexão.
Antecipar uma vontade de consumo pode custar caro! Por isso, você deve pensar a respeito, possivelmente ao lado das pessoas queridas. Assim, veja se o esforço vale a pena.
Sua família poderá ajudar também no sétimo ponto, que é o seguinte: o contrato foi estudado na íntegra?
Sabe aquela preguiça de ler os contratos? Está na hora de superar isto.
Existe uma série de armadilhas em contratos de crédito, como multas por atraso e desistência e índices de correção sucessiva a instabilidade econômica.
Por isso, leia todo o contrato com atenção, inclusive aqueles textos em letras bem miúdas.
E agora vamos à oitava pergunta: o prazo de pagamento é compatível com a validade da aquisição?
Evite assumir um compromisso maior do que o necessário para dar manutenção ao bem adquirido.
Por exemplo: o financiamento de um carro não deve exceder 24 meses, ou seja, 2 anos. Isso porque após esse prazo o automóvel já vai gerar gastos com manutenção, como pneus e amortecedores.
Para uma casa, considere o limite de dez anos para financiamento. Porque passado esse período, provavelmente você terá gastos com manutenção, como pintura, conserto do encanamento.
A penúltima pergunta: a prestação assumida cabe no meu orçamento doméstico?
É sempre bom lembrar que os compromissos assumidos devem ser compatíveis com o seu orçamento mensal.
Se certifique disso para evitar a necessidade de empréstimos adicionais. Do contrário, aquele financiamento que parecia um grande negócio, pode se tornar uma dor de cabeça bastante cara.
E, por fim, pense: esse é mesmo o melhor momento para contrair uma dívida?
A decisão final sobre contrair o crédito passa pela autorreflexão, aqui cabem 3 perguntas: eu realmente quero esse bem? Eu realmente preciso dele?
E eu realmente posso arcar com esse compromisso? Se você não tiver convicção sobre as três respostas, talvez seja o caso de aguardar e desistir do financiamento caso você pretenda adquirir um bem.
Não se esqueça que a solicitação de crédito seja via financiamento ou empréstimo precisa ser muito estudada. Do contrário há grande chance de você comprometer ainda mais um orçamento que já está comprometido. Estude todas as alternativas para fazer a melhor escolha.