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Economia Comportamental pode ser definida como o estudo das influências cognitivas, sociais e emocionais, que são observadas, sobretudo, pelo comportamento econômico das pessoas.

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A Economia Comportamental usa, principalmente, a experimentação para desenvolver teorias sobre a tomada de decisão pelo ser humano.

O estudo mostra que a Economia Comportamental não tem nada a ver com atitudes egoístas, que as pessoas só buscam benefícios para si próprias.

Pelo contrário, o estudo mostra que as ações das pessoas estão relacionadas à sua estabilidade.

Ademais, a Economia Comportamental, EC (doravante), mostram o cuidado das pessoas em sua escolhas e, como as decisões são hiper cuidadosas.

Na verdade, a EC surgiu com a intenção de fazer a união entre as descobertas da psicologia com a economia.

Desse modo, a EC passa a criar modelos que mostram de forma realista como são feitas as escolhas financeiras das pessoas.  

É fato que por muito tempo a psicologia e seus avanços serviram de base e contribuíram efetivamente na economia.

Anteriormente, tratava-se de duas disciplinas separadas, em razão dos métodos usados, ou seja, a economia se aproximava da matemática, enquanto a psicologia se fundamentava na experimentação.

As implicações da EC são muitas e abrangentes e, por conseguinte, sua teoria é aplicada em várias esferas, especialmente nas pessoas e, em consequência,  nas suas finanças.

Isso mostra que a EC é um campo de estudo que trabalha os princípios da psicologia com a economia para, dessa forma, entender como as pessoas tomam decisões em situações econômicas.

A EC reconhece que as pessoas não lidam racionalmente, quando o assunto é financeiro e, por isso, podem ser influenciados por fatores emocionais, cognitivos e sociais em suas escolhas financeiras.

A sociedade global está formatada de forma a levar as pessoas ao consumo.

A quantidade e variedade de produtos que advêm de indústrias globais que todos os dias criam e recriam é enorme.

O ser humano, por sua vez, trabalha, viaja, produz e, por isso, quer consumir.

Daí a relação entre o ser humano e o dinheiro não ser apenas a troca monetária.

Muitas vezes, por traz dos cartões de crédito, de contas bancárias e investimentos, há também muita emoção e sentimento.

E isso molda um comportamento e, consequentemente, a sociedade.

Assim sendo, há sim uma conexão entre cédulas e sentimentos.

Por isso, especialistas se debruçam para estudar e entender o que está por trás de cada transação financeira.

De maneira que, entender a relação entre psicologia e finanças é muito importante para que haja um bom convívio entre o dinheiro e os hábitos financeiros.

De acordo com especialistas, há quatro fatores que influenciam as decisões financeiras para muita gente, todos os dias.

O primeiro fator está entre emoção e dinheiro.

Os gastos muitas vezes são ocasionados em decorrência de emoções que podem ser boas ou depressivas.

O segundo fator decorre do que é aprendido e sentido na infância. Se, por ventura, um adulto, quando criança, aprendeu que dinheiro é “sujo”, que ter muito dinheiro é ruim, pode ter sentimento de culpa, caso ganhe bem e queira “gastar” seu dinheiro.

O terceiro fator está relacionado à confirmação, ou seja, para se sentir bem, amado, para se sentir que contribui de certa maneira para a sociedade, a pessoa “gasta” para confirmar seu papel na sociedade.

Quem nunca ouviu falar que dinheiro pode ser traduzido por status social.

Com esse quarto fator fica evidente que a sociedade é consumista.

Muita gente quer se afirmar com um belo modelo de carro, com uma bela marca de roupa, bolsa ou sapato e, assim por diante.

Isso acontece por haver um respaldo da sociedade.

Com isso, é possível que pessoas gastem mais de que têm para assim se manter no seu status social privilegiado.

É inegável a satisfação que muitas pessoas têm em gastar dinheiro.

Contudo, esse tipo de satisfação é um pouco difícil de entender.

Quem já não ouviu falar de alguém que, por passar por um dia estressante, seja no trabalho ou em casa, vai ao shopping e sai de lá com a alma renovada depois de fazer compras.

Essa junção ninguém nega: comprar e gastar dinheiro é realmente bom.

Contudo, após essa curtição, a fatura do cartão chega e, sem querer ser pessimista, a alegria, a satisfação vira uma dor de cabeça.

Mas, por que então gastamos dinheiro e por que gastamos?

De acordo com psicólogos comportamentais o ato de gastar dinheiro oferece sim alguns tipos de reações e sentimentos, como:

  • grande satisfação pessoal,
  • ligeira sensação de poder,
  • auto recompensa,
  • auxilia o humor.

Percebe-se, naturalmente e de forma geral, que, além de relacionarem, há sim um sentimento de auto reparação, auto compensação.

Querendo ou não, uma compra imediata oferece sim recompensa, e faz emergir, assim, uma sensação de felicidade.

Vale aqui acrescentar que o gasto do dinheiro não tem só a ver com aquisição de um bem ou itens de moda, doar dinheiro, fazer doações, de modo geral, traz também sensação de felicidade.

Se, por um lado, existe o fato de compensação e prazer no ato de comprar, de gastar, por outro lado, existe também o fato que não é tão agradável quanto o primeiro, mas ele existe e acontece: gastar dinheiro é gostoso, mas, muitas vezes o resultado das compras acarreta em sérios problemas financeiros.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, num estudo publicado recentemente, aponta para o fato de que metade de compras realizadas em lojas físicas ou internet, ou seja, 50% do volume, são feitas por impulso.

Daí a Serasa recomendar que o internauta ou o cliente se questione quanto à relevância e à necessidade da compra, da seguinte maneira:

O que você sente após a compra: culpa? arrependimento? dúvida?

O ato de comprar acarreta mais tristeza/decepção ou tranquilidade e satisfação?

Ao ver uma promoção, qual o sentimento que sobressai: pensa que não pode perder a oportunidade ou procede com a compra sem nem para pra pensar?

É sabido que ninguém está proibido de gastar o seu dinheiro da maneira que gosta, contudo, é importante planejar.

Para isso, existem 2 dicas que nunca falham: planeje seus gastos com antecedência e evite comprar se estiver se sentindo triste ou estressado.