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Percebe-se como é difícil para a economia quando há desastres naturais, pois, sempre a produção e o nível de riqueza das regiões são afetados, além de a população sofrer demasiadamente com esses eventos.

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Especialistas fazem registros estatísticos e mostram que a frequência, em igual medida, a intensidade, bem como a extensão espacial dos desastres naturais aumentaram significativamente nesses últimos anos.

E, assim, ocorreram tsunamis, furacões, sem falar das chuvas fortíssimas que assolaram, tanto o país quanto diferentes regiões do mundo.

Se o impacto da natureza está diretamente relacionado à intensidade do fenômeno, não se pode esquecer que, dependendo da situação financeira e econômica do país e do cuidado com investimentos que previnam tais catástrofes, há muitos e severos resultados.

Segundo pesquisa realizada por órgãos governamentais, constatou-se que as perdas em desastres naturais chegam a 85% de perdas diretas.

Os danos causados pelas chuvas em Rio Grande do Sul certamente já começaram a afetar a economia, não somente na destruição das casas, dos bairros, dos municípios e das cidades, mas também, a população que teve de deixar tudo para trás para sobreviver.

Outra grave consequência das terríveis perdas diante da inundação de cidades, a população, os voluntários, os médicos, e todos que estão envolvidos em buscas e salvamentos, ficam expostos a águas contaminadas, o que já começou a pôr em risco a saúde de todos que estão lá envolvidos, em razão do contágio de doenças.

Além de toda essa tragédia, as fábricas e empresas, que não foram invadidas pelas águas, fecham por períodos indeterminados.

As escolas que praticamente ficaram destruídas ou outras, que se mantiveram abertas, tentam fazer o melhor pelas crianças, contudo, com capacidade reduzida, afeta e muito a aprendizagem.

De maneira que, não apenas o Rio Grande do Sul, no Brasil, mas, são diversos países que lidam com catástrofes ambientais.

 Em 21 de abril de 2024, a China sofreu com chuvas torrenciais em Qingyuan, província de Guangdong.

A tempestade derrubou árvores e danificou carros na cidade e mais de 110 mil pessoas tiveram que deixar suas casas.

Segundo a Organização Mundial de Meteorologia, a Ásia é o continente mais afetado pelas mudanças climáticas.

Desse modo, não é somente a destruição do material físico, mas, qual o efeito de desastres naturais na produção e na riqueza do país.

É certo que as mudanças climáticas e as fortes chuvas levam cidades ao extremo, ao mesmo tempo em que prejudica a infraestrutura, a economia e compromete o crescimento do país.

Segundo relatório apresentado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE sugere:

  • planejamento nas obras públicas,
  • novas políticas urbanas, e
  • cumprimento mais amplo do Código Florestal.

De acordo com o site Agência Brasil, o relatório diz que o Brasil possui uma

“infraestrutura pública vulnerável a choques climáticos em meio a uma rápida, não planejada e descontrolada urbanização” e, acrescenta: “tanto as secas como as enchentes trazem prejuízos à infraestrutura brasileira.”

Em relação às chuvas, a OCDE verifica que, quando há deslizamentos, são as enchentes os principais fatores que levam aos prejuízos às cidades e ao transporte.

O relatório ainda acrescenta que

“as enchentes compõem 65% dos riscos naturais, e os danos associados a enxurradas e deslizamentos foram responsáveis por 74% das mortes relacionadas a desastres naturais entre 1991 e 2010”.

Vale ressaltar que além desses números assustadores, a OCDE ainda mostra que um estudo do Banco Mundial de 2021 mostra que mudanças climáticas custam 1,3% do Produto Interno Bruto – PIB, e isso acontece a cada ano para as empresas do país.

Ainda segundo o relatório que a Agência Brasil publicou,

“55% dos prejuízos afetam as infraestruturas de transporte, 44%, o fornecimento de energia e 2%, o abastecimento de água.”

As últimas enchentes que aniquilaram o Rio Grande do Sul prejudicaram as áreas residenciais, deixando a população quase que completamente desalojada, como prejudicou também fortemente diversos setores da economia brasileira.

Segundo especialistas, o acontecimento foi um dos mais impactantes, em relação ao restante do país e, até de Santa Catarina, na enchente de 2008.

É sabido que a agricultura é uma das principais bases econômicas do estado.

Com a devastação das chuvas, produtos como grãos e derivados do leite podem sofrer escassez e, pior, ter aumento de preços.

Por outro lado, as frutas típicas da região, foram bastante afetadas pela catástrofe e, consequentemente, provavelmente sofrerão alta de preços, impactando de forma negativa a economia local.

Como rodovias, pontes e muitas estradas foram destruídas e inundadas, causando vários deslizamentos, a logística do Estado vai enfrentar dificuldades, como interrupção o trânsito, as perdas e atrasos no transporte de mercadorias.

Não se pode esquecer do turismo, que é uma forte atividade no estado.

O aeroporto Salgado Filho que teve de ser fechado. Isso acarreta impedimento de viagens.

Será que é possível imaginar setores da indústria e o comércio paralisados?

Pois bem, as chuvas causaram também a paralisação da produção industrial, devido a danos diretos às fábricas ou pela interrupção no fornecimento de matérias-primas, como o aço.

Infelizmente, o que se pode esperar será um efeito cascata, e que vai afetar as indústrias em outras partes do Brasil que dependem de suprimentos produzidos no Rio Grande do Sul.

Em 2022, segundo informações fornecidas pela Confederação Nacional de Municípios – CNM, estima-se que cerca de 3,4 mil pessoas sofreram impactos a cada desastre natural, dentre os indivíduos desalojados, desabrigados e vítimas fatais.  

Alternando entre secas e estiagens, o Brasil enfrentou cerca de 40% somente de problemas ambientais no ano de 2022.

As chuvas, enxurradas, inundações e alagamentos tão somente representam cerca de 16% das ocorrências.

Em contrapartida, vendavais e deslizamentos somados contribuíram de forma negativa por cerca de 3% a 1,5%, respectivamente.

Minas Gerais foi um estado bastante afetado também por catástrofes ambientais.

Haja vista as 2 grandes catástrofes ambientais: a de Mariana, em 2015, com o rompimento da barragem; e a de Brumadinho, com o rompimento de barragem em 2019.

A crise hídrica ocorrida principalmente na Região Metropolitana de São Paulo, entre os anos de 2013 e 2015, e no Distrito Federal no ano de 2016.

Apesar de essas duas cidades se situarem em regiões de altos índices de pluviosidade anual, elas foram atingidas por secas extremas, que colapsaram seus reservatórios de abastecimento hídrico, e seus moradores foram submetidos a estratégias de racionamento de água, refletindo em pequena proporção em outros estados brasileiros.

Em 2022, no estado fluminense, Rio de Janeiro, em apenas 1 hora, enchentes e deslizamentos causaram a morte de mais de 240 pessoas e deixaram um rastro de destruição.

Não restam dúvidas de que o aquecimento global deixa forte indício de uma tragédia já há muito anunciada.

Com isso não somente a economia, mas a população do Planeta vai sofrer consequências.

E infelizmente, esse triste processo vai continuar.

Muitas economias já estão sofrendo o descaso, a inabilidade e a incompetência de responsáveis políticos que, entra ano, sai ano, nada fazem em prol do país e da população.