O que é IGP-M?
Para quem já ouviu falar, mas não conhece direito, a sigla IGP-M, quer dizer Índice Geral de Preços – Mercado.
Esse índice financeiro é calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV) e divulgado todos os meses.
Trata-se de um indexador usado em contratos de aluguel.
Nesse sentido, o IGP-M mede a variação geral dos preços do mercado.
É ele também que registra a ocorrência de inflação ou deflação nos preços ligados a diversos setores, como:
- bens industriais,
- agricultura,
- matérias-primas,
- construção civil, e
- moradia.
É possível encontrar esse índice medindo também
- a cesta de produtos, e
- os serviços ligados ao consumidor final.
Os especialistas econômicos consideram o IGP-M como um dos principais indicadores de inflação do país, por isso, esse índice é praticado como indexador para cálculo do reajuste de aluguel de imóveis.
Além disso, o IGP-M também mede a inflação, por exemplo, a partir dos preços pagos no atacado, até chegar ao valor que o consumidor final paga.
Ou seja, essa medida alcança não somente a variação de preços de bens, bem como outros tipos de serviços.
Para que serve o IGP-M?
É inegável que o cálculo estabelecido pelo IGP-M consegue medir o desempenho da economia brasileira.
Nesse sentido, é possível identificar a inflação ou deflação de preços por determinado período de tempo.
Por outro lado, o IGP-M é também um indexador apropriado para calcular o reajuste de diversos serviços e contratos. Por exemplo:
- as tarifas públicas,
- o reajuste de aluguel,
- os planos de saúde,
- os seguros,
- a mensalidade escolar, bem como
- outros serviços que são essenciais à população.
Qual o valor do IGP-M acumulado em 2024?
Em tratando do mês de maio/2024, o IGP-M é 0,89%, e o acumulado dos últimos 12 meses é -0,34%.
Como funciona o IGP-M?
Se se levar em conta outros indexadores, o IGP-M certamente viabiliza o fato de a inflação ser estruturada em diversos bens e serviços, como em alimentos antes da comercialização, bem como no preço final ao consumidor de transporte e vestuário.
O IGP-M é calculado conforme dados coletados entre o dia 20 do mês anterior e o dia 21 do mês de referência.
A variação entre períodos pode indicar se o dinheiro do consumidor vale mais ou menos, em relação a períodos anteriores.
Segundo especialistas econômicos e financeiros, é preciso analisar sempre as variações que o IGP-M pode apresentar, uma vez que somente assim, o consumidor vai saber se está a ganhar ou se está a perder.
Isto é, quanto maior for a variação de preço dos itens avaliados, mais esse indicador sobe.
E quanto menor for essa variação, menos o indicador sobe.
Por conseguinte, se os preços sofrem variação para baixo, ou se “cair”, o IGP-M será negativo.
Como o IGP-M é calculado?
O IGP-M é calculado a partir de outros três índices de preços.
Contudo, cada um dos três índices representa um peso diferente.
Observe:
É preciso somar
- o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo).
- Nesse caso, o IPA vai corresponder a 60% do cálculo do IGP-M.
- o IPC (Índice de Preços ao Consumidor).
- Aqui, com o IPC, terá um peso de 30%.
- E, por último,
- o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que terá um peso de 10%.
Trocando em miúdos, para fazer o cálculo do IGP-M é preciso formar uma composição com
- IPA: Índice de Preços do Produtor Amplo, com 60% de participação no cálculo do IGP-M,
- IPC: Índice de Preços ao Consumidor, representando 30%, e
- INCC: Índice Nacional de Custos da Construção, com 10%.
Qual a diferença entre IPCA e IGP-M?
O IPCA é a sigla do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.
Segundo o IBGE, o objetivo do IPCA é medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias.
O IBGE também informa que o IPCA possui como unidade de coleta
estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços,
concessionária de serviços públicos e internet.
Essa coleta é mensal, isto é, corresponde do dia 1 a 30 do mês de referência.
Importante destacar que a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, independente da fonte, residentes nas áreas urbanas das regiões metropolitanas, como as de
- Belém,
- Fortaleza,
- Recife,
- Salvador,
- Belo Horizonte,
- Vitória,
- Rio de Janeiro,
- São Paulo,
- Curitiba,
- Porto Alegre,
- além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Desse modo a diferença entre IPCA e IGP-M é que este calcula preços pagos pelo produtor, aquele calcula os preços ao consumidor.
Em outras palavras, o IPCA irá medir sempre os preços ao consumidor final.
Já o IGP-M, vai calcular o que o produtor paga por seus insumos.